Em 1950, Adolfo Dodô Nascimento e Osmar Álvares Macêdo, mais conhecidos como Dodô e Osmar, respectivamente, criaram a Fobica, um calhambeque aberto adaptado para apresentações musicais na qual decidiram sair pelas ruas de Salvador com um motorista, para tocarem suas músicas e a partir daí o trio elétrico nasceu. Em 1952, o termo trio elétrico tornou-se genérico, em referência a um caminhão ou um ônibus que transportava os dois músicos ao redor das ruas durante o carnaval baiano. Em 1969, a canção de Caetano Veloso, chamada “Atrás do trio elétrico” acabou por popularizar o som do trio elétrico em todo o país. Hoje, a presença de caminhões de trio elétrico é uma das principais atrações do Carnaval da Bahia.7
Abaixo estão as principais características do Carnaval de Salvador que não só é conhecida em todo Brasil como também é conhecida em outros países no mundo.10 11
O abadá é geralmente branca e era vestimenta dos muçulmanos. Na Bahia, os abadás são usados principalmente por capoeiristas. No Carnaval de Salvador, o abadá simboliza a união de cores diferentes e, os padrões e logotipos pertence à um Bloco carnavalesco e deve ser adquirido. Somente através da aquisição de um abadá que se pode participar de um dos blocos.12
Instrumento musical criado por Dodô para evitar a microfonia existente no violão elétrico utilizando o cêpo maciço que possibilitava a reprodução do som de forma perfeita. Inspirado no violão elétrico do carioca Benedito Chaves, o pau elétrico ou guitarra baiana possibilitou o desenvolvimento de uma nova forma de “fazer carnaval”.
Criado por Dodô e Osmar a famosa fobica, remodelação de um velho Ford Bigode 1929, tornou-se o primeiro trio elétrico. Totalmente mudado e pintado para a festa, a fobica virou o palco perfeito para à guitarra baiana. Esta invenção transformou o carnaval de rua de Salvador. Que hoje em dia é agitado por vários cantores famosos na Bahia. Os shows dados em cima do trio elétrico passam pelas ruas dos bairros como Barra, Ondina e Campo Grande. Atraindo uma grande multidão de pessoas, tanto anônimas quanto outros artistas e personalidades.
O Axé é um ritmo baiano que nasce da mistura de ritmos no carnaval de Salvador. Fruto principalmente da fusão do frevo e do afoxé. Durante o Carnaval de Salvador é o ritmo mais tocado nos trios elétricos.
Os foliões, quem brinca a festa de Momo soteropolitana, têm várias opções. Eles podem se divertir nos blocos carnavalescos após pegar o abadá, ou ver os desfiles a partir dos camarotes ou das arquibancadas da Prefeitura, ou ainda brincar na pipoca, fora das cordas dos blocos.
Os blocos, é um grupo de pessoas que pagam uma quantia em dinheiro para poder participar. Em troca, recebem um Abadá, que permite aproveitar o evento de perto do trio elétrico, em uma corda ou cordão. Os blocos são abertos ao público. Enquanto isso, os blocos de carnaval começaram a evoluir e se ramificar em várias correntes estéticas, manifestações musicais, e até mesmo religiosa. Enquanto os afoxés, cujos membros trouxeram sua cosmologia religiosa afro-brasileira para a procissão caranavalesca, mantendo suas raízes africanas com a puxada do ijexá (um ritmo tocado em homenagem aos orixás ou divindades afro-brasileiras). Os blocos de classe média baseou-se principalmente nos samba-enredos do Rio de Janeiro onde adotou o estilo de música do carnaval carioca.
Em seguida, os blocos afro surgiram com uma proposta estética inferida a partir de blocos indiano, com a introdução de algumas inovações fundamentais no processo: os desfiles girava em torno de temas e a música foi adaptada para se ajustar à ocasião. Durante esta fase, o carnaval nas ruas da Bahia foi infundida com o glamour e o elitismo propagada por clubes de carnaval, iniciando uma ligeira inversão do ideal igualitário.